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The Tai Chi Master

31 Jan

Em português “Batalha de Honra“, estreado por Jet Li e Michelle Yeoh, o título em inglês aparece também como “Twin Warriors“, direção de Yuen Woo.

Fazia um tempinho que estava querendo assistir esse filme.

Ele é antigo (1993), mas como disse antes, só comecei a me interessar pelo gênero depois que comecei a fazer kungfu (em 2009).

Não consegui achar uma versão legendada,  e acabei assistindo online a versão dublada mesmo.

A história é sobre dois amigos de infância que crescem no templo shaolim, depois de crescidos são expulsos de lá e seguem caminhos opostos.

O personagem de Chin Siu Ho, Tienbo, é cruel desde o primeiro olhar ainda criança,  quando entra no templo e conhece Junbao (Jet li). Mas os dois crescem juntos, como irmãos e aprendem kungfu ao observar os outros monges e treinando um com o outro.

Não vou contar muita coisa da história, mas à certa altura do filme Junbao (Jet Li) tem as mãos os ensinamentos que o mestre havia dado antes que saissem do templo, sobre o Tai Chi Chuan e faz deste seu estilo de luta.

As cenas são lindíssimas e o enredo é bom, ainda que bastante maniqueísta, prende a atenção.

Deu até vontade de voltar a fazer as aulas de Tai Chi que a TSKF também oferece, voltarei quando puder. ^-^

Anotei algumas coisas bonitas, mas não encontrei citações na internet, então pode ser que não estejam totalmente certas…

“Livre-se do peso

Não use a força, use a força de quem o ataca.

Deixe a natureza agir, ser suave e ao mesmo tempo intenso.”


 

Segue o trailer


Fica registrado…um ótimo filme pra quem gosta de filme de artes marciais 😉

————————————–Ps————————————————————-

Vi que estão vendendo na Americanas o dvd.

Pra quem está lendo este post hoje, 31 Jan, segunda-feira, vai passar Reino Proibidio hoje na Globo, bom pra ver e rever #fikdik

Arte da guerra na sua vida

28 Dez

Particularmente eu gosto de ler coisas orientais porque, como já disse antes, é uma coisa que abre a cabeça. Tem muita coisa interessante na nossa filosofia, mas a oriental traz conceitos tão diferentes quanto ricos, eu busco sempre tentar encontrar minhas próprias respostas, e por isso, nada melhor que ver a vida sob outros pontos de vista.

Arte da Guerra” é aquele tipo de livro que a gente sabe que vai ter que ler um dia, no meu caso, esse dia chegou quando resolvi comprar pela primeira vez um daqueles livros das máquinas de livros do metrô, a edição não é tão ruim (mesmo eu nunca me satisfazendo com essas traduções).

É um tratado militar escrito no século IV a.c. por Sun Tzu, e sim, ele só fala de guerra e estratégias bélicas, e não há nenhuma nota de editor dizendo “olha como isso tem a ver com o seu dia a dia”, e mesmo assim é possível se fazer muitos paralelos. Eu vou colocar muitas frases aqui, mas não substitui a leitura, pois não é só o que está sendo dito mas todo o contexto e porquês, que nem se eu quisesse eu conseguiria colocar aqui.

Praticamente ele vai descrevendo quais são os caminhos do fracasso e sucesso numa guerra, simples, direto, sem complicações, e vai contando algumas histórias para ilustrar. (todos grifos meus)

“Vencer cem vezes em cem batalas não é o auge da habilidade, mas, sim, subjulgar o inimigo sem precisar lutar.”

Vamos lá…coisa bonita pra se ler e reflertir

“Faça com que soa força seja percebida pelo inimigo como fraqueza, e sua fraqueza como força. Ao mesmo tempo, aja de maneira tal que a força dele se torne fraqueza; assim, descubra onde ele não é realmente tão forte… Esconda suas pegadas de forma que o adversário ou ninguém possa discerni-las; mantenha o silêncio para que o hostil ou ninguém possa ouvi-lo”.

E agora uma bem ao estilo “Be Water, my friend” do Bruce Lee:

“Pode ser chamado de divino quem é capaz de vencer por modificar suas táticas de acordo com a situação inimiga pois, dos cinco elementos, nenhum é sempre predominante; das quatro estações, nenhuma dura para sempre; dos dias, uns são longos e outros curtos, e a lua cresce e míngua.”


Que tal essa pra explicar pro seu chefe, que sem trabalho em equipe vai sempre se estar atrás da concorrência. (por mais recursos e dinheiro que se tenha).

“Sendo o exército confuso e suspeito, os regentes vizinhos serão um permanente problema. Um exército confuso leva o outro à vitória.”

ou

“Um general hábil busca vitória pela situação e não a exige de seus subordinados, sabe selecionar os homens certos e estes exploram a situação.

Essas praqueles momentos que você se sente pressionado a agir sem saber se deve, praqueles que não sabem distinguir covardia de bom senso:

“Será vitorioso aquele que sabe quando pode lutar e quando não pode.”

“Será vitorioso quem sabe quando usar tanto as grandes quanto as pequenas forças.”

“Os habilidosos na guerra podem tornar-se invencíveis, mas não podem causar a vunerabilidade inimiga”

“A invencibilidade reside na defesa; a possibilidade de vitório, no ataque”

Pra um eventual bibliotecário que esteja lendo isso

“Geralmente, não há diferença entre administrar muitos e administrar poucos. Trata-se de uma questão de organização”

E para um eventual arquiteto de informação

“O que é difícil, na arte das manobras, é fazer com que o desvio seja o mais direto possível, transformando o infortúnio em vantagem”.

tem essa também

“Não podem conduzir a marcha de um exército aqueles que não conhecem as condições de montanhas e florestas, desfiladeiros, pântanos e terrenos perigosos. E os que não usam guias locais são incapazes de obter as vantagens do terreno.”

E pra quem se sente com pouca inspiração….aqui uma lição de criatividade:

“São apenas cinco as notas musicais; contudo as melodias que estas produzem são tão numerosas que é impossível ouvir a todas.

São apenas cinco as cores primárias, entretando, as combinações que produzem são tão numerosas que é impossível visualizar a todas.

São apenas cinco os sabores, mas suas misturas são tantas que é impossível provar a todas.

Na batalha, temos situação idêntica:temos somente forças normais e extraordinárias, mas suas combinações não têm limites, ninguém pode compreender a todas.”

É, o livro é uma lição, do tipo… apenas faça, tem tudo que precisa das mãos

“Na batalha, valha-se de uma força normal para o combate e utilize a extraordinária para vencer”.

“Aparente  confusão é produto da boa ordem; aparente covardia, de coragem; aparente fraqueza, de força. Ordem ou desordem dependem de organização; coragem ou covardia, das circunstâncias; força e fraqueza, das disposições.”

E mais filosoficamente

“Há certas estradas que não se deve seguir.”

Sobre auto conhecimento

“…aquele que conhece o inimigo e a si mesmo, lutará cem batalhas sem perigo de derrota; para aquele que não conhece o inimigo, mas conhece a si mesmo, as chances para a vitória ou para a derrota serão iguais; aquele que não conhece nem o inimigo e nem a si próprio, será derrotado em todas as batalhas…”


E pra terminar, segundo Sun Tzu, para se atrair a derrota, há seis condições básicas (né)

“- Desdenhar o cálculo da força inimiga

– Ausência de autoridade

– Treinamento ineficaz

– Cólera injustificável

– Desrespeito à disciplina”

Pra quem curte a parte sangrenta da coisa, não é por acaso que Jet Li está  ajudando a ilustrar o post, deixo o trailer do filme “Senhores da Guera” (“The Warlords“) que é o ambiente que imagino que tenha sido o que o Sun Tzu escreveu seu tratado, e um ótimo filme para quem gosta de filmes do tipo.

“Uma longa caminhada começa sempre pelo primeiro passo.”

7 Out

Sei um pouco sobre muita coisa, mas sempre pouco sobre cada coisa.

Sempre tive uma fascínio pelo oculto, pela espiritualidade, por histórias bonitas e sofridas…daí meu interese quando criança pelos santos e mártires.

Sou de uma família católica, eu gostava da igreja, não da missa…não dos dogmas…eu gostava de saber sobre a vida de Jesus, dos santos, gostava de ouvir coisas bonitas da bíblia, gostava de ver a arte, as paredes, os vitrais, do geladinho dentro das igrejas, do cheiro de rosa, do cheiro de incenso, energia positivia sempre me puxava como um imã.

Eu quis começar o catecismo antes da idade certa (eu já era adiantada na escola também), e era muito aplicada…ainda que…desde a primeira aula eu questionasse muitas coisas…e ouvia sempre “é o mistério”…naquela época eu não entendia direito o que era esse tal de “mistério”.

Enfim…anos depois…conheci muitas outras religiões, sempre tentei aprender com todas elas, já passei da fase de preconceitos…e acredito que onde tem intenção e energia boa, onde nosso coração se aquece é onde tem espiritualidade…e isso basta.

O que eu gostava muito de ouvir era a história dos santos…não sei até que ponto era verdade ou mentira…mas eram lindas…e me cativavam…e me acompanham até hoje.

Alguns anos atrás, estava em casa em Avaré no fim de semana, largada no sofá…nada na TV e começou o filme da Madre Teresa de Calcutá. O que eu me lembrava dela era algumas imagens dela bem velhinha, e aquela frase linda:

” A paz começa sempre com um sorriso”

 

Mother Teresa in Calcutta

 

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Enfim…o filme começou e aí, pode não ser uma super produção, mas é tocante…belíssimo. Ouvi muitas coisas bonitas e uma história de uma mulher forte e determinada, que literalmente entregou sua vida para ajudar outras pessoas…não quero entrar no mérito de religiões, mas pessoas como ela, certamente fogem do comum, se beatas, santas, mártires, não importa o nome, são seres iluminados e com AMOR e CARIDADE dentro de si.

Guiada por uma fé e generosidade sem tamanho, enfrentado oposição de todo o tipo, ela deixou as fronteiras de um convento e foi – literalmente – para o meio do povo, amar e ajudar os que precisavam. Boa parte do filme mostra a missão na Índia. Ela começou praticamente do nada, praticamente sozinha…quando alguém perguntou se ela achava que ia chegar muito longe sem ajuda do governo, das pessoas da cidade, e da própria igreja, ela disse

“Uma longa caminhada começa sempre pelo primeiro passo.”
 

 

primeiro passo

 


Pesquisando depois vi que talvez essa frase seja de Lao Tsé, o que importa foi o contexto…ela não desanimou, apenas seguiu o que acreditava. Ás vezes desistimos perante coisas tão pequenas, cada passo é importante, cada detalhe…a vida não é divertida e animadora o tempo todo…temos de esperar e não desanimar, apenas fazer a nossa parte e ter fé…
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Um outro texto bem bonito:
“Muitas vezes, as pessoas são egocêntricas, ilógicas e insensatas.
Perdoe-as, assim mesmo.
Se você é gentil, as pessoas podem acusá-lo de egoísta, interesseiro.
Seja gentil, assim mesmo.
Se você é um vencedor, terá alguns falsos amigos e alguns inimigos verdadeiros.
Vença, assim mesmo.
Se você é honesto e franco, as pessoas podem enganá-lo.
Seja honesto, assim mesmo.
O que você levou anos para construir, alguém pode destruir de uma hora para outra.
Construa, assim mesmo.
Se você tem Paz e é Feliz, as pessoas podem sentir inveja.
Seja Feliz, assim mesmo.
Dê ao mundo o melhor de você, mas isso pode nunca ser o bastante.
Dê o melhor de você, assim mesmo.
Veja você que, no final das contas, é entre você e Deus.
Nunca foi entre você e as outras pessoas”.

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O filme é de 2003, “Mother Teresa of Calcutta”, segue o trailler:
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Encontrei aqui e aqui algumas outras frases dela.
E por fim…o objetivo de quem escreve, de quem vive e deseja um mundo melhor:
“Senhor,
Permite-me que, quando algém falar comigo,
ao se afastar de minha presença
tenha se tornado uma pessoa melhor”.
Madre Teresa

Fairy tale

29 Jul

Já tive muito preconceito da saga Crepúsculo, eu sou uma pessoa preconceituosa, quando se trata de literatura então…

Mas minha irmã e as amigas estavam lendo compulsivamente a saga, continuei achando literatura barata (sem ter lido uma só linha) e não me interessei.

Até que um dia acabei vendo o filme, romance juvenil, vampiro vegetariano…é estranho mesmo, MAS faço parte da massa e eu me apaixonei pelo vampiro *_*

Acabei lendo TODOS os livros, todos um atrás do outro…600 páginas em uma semana… O romance não é o melhor escrito ever, mas a história é cativante sim, prende a leitura e continuo apaixonada pelo vampiro Edward.

Nunca ninguém pode querer, é lógico, que o filme seja igual ao livro…cabaço! Mas a Bella do filme era muito próxima da Bella do livro nos dois primeiros filmes, em ECLIPSE, NÃO!

A Bella do livro é besta, insegura, confusa, sem graça, e assim segue até virar vampira (sorry pelo spoiller), em Eclipse, ela está maquiada demais, segura demais, marcante demais…essa não é ela…

O Robert faz mto bem o Edward, tanto que tem uma mulherada louca atrás dele, mas ele NÃO é e nem NUNCA foi o Vampiro do livro…Edward Cullen consegue com toda sua frieza em pele, gestos, olhares e palavras, ser incrívelmente apaixonante… Robert Pattison não…mesmo sendo lindo.

Eu ria muito com a safadeza e irreverência do Jacob em Eclipse (livro), o delicinha do Taylor é engraçadinho, mas tb não é lobo do livro…enfim.

O livro não é um clássico, o filme não é genial, mas a história que prende tanta gente, inclusive a mim, demonstra o quanto os contos de fadas ainda povoam nosso imaginário, o quanto ainda esperamos o príncipe, o amor eterno…ainda que como eu, muitos digam que há muito tempo não acredita mais.

Trailer do filme aqui.

A Sangue Frio

12 Jan

“Don’t be taken in by my brother. He’s got this sensitive side he’ll show. You’ll belive he is sensitive and so easily hurt… but he’d Justas soon kill you as shake your hand. I believe that.”

In Cold Blood – Trumam Capote

Eu sei, eu sei… muitas coisas que eu vejo e  falo são coisas velhas…mas assisti o filme só agora e pretende ler o livro.

É incrível como a gente se apieda de assassino impiedosos quando nos contam uma história triste… Eu chorei! =/