Arquivo | Março, 2012

Sobre mestres II : Ao mestre, com carinho.

13 Mar

Ter mestres na vida é para poucos, ser um mestre é para mais poucos ainda.

Hoje vou falar de um grande mestre que tive a felicidade de ter em minha vida.

O engraçado foi que conheci o @, antes de conhecer a pessoa. O perfil @tskf retuitou um tweet meu, quando eu ainda era faixa branca.

Eu não fazia ideia quem estava por trás, fiquei super orgulhosa “poxa, o @tskf tinha retuitado”.

Depois disso fiz exame, passei pra faixa amarela, era uma fase totalmente nova, eu estava confiante. Algumas coisas mudaram: O Sifu Gabriel voltou para a matriz, o Antônio voltou pra Casa Verde… E o Danillo Concenzo ~ vulgo @tskf  ~ veio pra filial da Vila Madalena e também para a minha vida.

A faixa branca foi a mais sofrida pra mim, quando passei pra amarela, eu estava menos tensa, peguei gosto por graduar-me e tinha pressa em terminar a matéria e fazer  o próximo exame. Eu queria aprender as coisas, rápido. E então, veio o Danillo, com uma grande primeira lição no kungfu.

Kungfu é muito mais que exame, que graduação, que aprender matéria nova.

Danillo ficou a aula toda corrigindo meus básicos da faixa amarela, que eu achava que sabia, e eu não aprendi matéria nova nenhuma aquele dia, mas aprendi muito kungfu.

Outro dia ele colocou um capacete na cabeça e me fez mirar o soco na cabeça dele a aula toda, e teve revanche, claro! Cada golpe, mesmo que não acerte, é pra ser tratado como um golpe de verdade, e deve ser mirado no lugar certo… Isso pode ser óbvio, mas para uma menina como eu que nunca brigou de verdade, e que tinha sérios problemas para se imaginar numa luta, não era – e nem é – tão óbvio assim. Foi assim também com o Lie tien kuan, era preciso colocar verdade nos movimentos.

Claro que até hoje ele corrige minhas aplicações, o lugar para onde estou mirando o soco etc.. Mas acho que já melhorei muito, principalmente porque tenho uma outra visão do kungfu.

O Danillo esteve presente na minha primeira grande decepção dentro kungfu : meu primeiro campeonato. Muitas pessoas me animaram e todos tinham histórias do primeiro campeonato pra contar.

Quando eu achei que não merecia a faixa verde porque fui graduada pela participação no campeonato, o Danillo olhou no meu olho e falou palavras bonitas como todo mundo, mas as palavras não foram o que marcaram, foi o fato de eu ver e sentir que ele acreditava em mim, muito mais do que eu mesma. E, se alguém que eu admirava tanto acreditava em mim, era hora de eu começar a acreditar também!

O Danillo sempre teve um dom estranho para saber quando eu tinha algum problema fora da academia, certa vez ele disse uma coisa que eu vou lembrar sempre:

“Não tem como ser forte em uma coisa e ser fraca em outra. Você é forte dentro da sala de treino, você é forte em todas as outras coisas”.

Não posso falar muito da história do Danillo no Kungfu, porque eu estou apenas há dois anos na TSKF, a história que posso contar é como ele influenciou positivamente a minha vivência e desenvolvimento nessa arte marcial.

Mais que a técnica que ele me passou nesse tempo e a paciência que sempre teve, o grande legado foi o de acreditar.

Eu não sou talentosa, não sou forte, nem ágil e nem flexível, mas o Danillo me ensinou que não é por isso que eu não posso ser uma boa artista marcial. Que tais coisas se compensa com o treino e tempo. As coisas necessárias são outras, aprendi a acreditar em mim e na minha capacidade.

Agora o Danillo vai partir, vai continuar fazendo a história da TSKF e também do Kungfu no Brasil, mas em Minas Gerais. Vamos todos sentir muita falta, mas a Vila Madalena foi apenas mais um capítulo de uma história bem maior. Um capítulo bonito, feliz e muito bem feito, que mudou a vida de muita gente.

Obrigada por tudo, Danillo Cocenzo!

Um bibliotecário chamado Lewis Carroll

12 Mar
 
Pois é pessoal, nem mesmo o artigo de Lewis Carroll no Wikipedia PT sabia, mas o autor de Alice no País das Maravilhas foi também BIBLIOTECÁRIO.
Esse post é uma homenagem pelo 12 de Março, dia dos Bibliotecários. Sabemos que não é nada fácil ser bibliotecário nesse mundo de hoje, e nem devia ser na época de Lewis, afinal quase ninguém poucos sabiam disso.

O  autor de Alice no País das Maravilhas, Charles Lutwidge Dodgson,  cresceu em Cheshire e Yorkshire, na Inglaterra. Após graduar-se em matemática em Oxford, tornou-se o bibliotecário auxiliar da Christ Church. Deixou este cargo em 1857 para tornar-se um conferencista de matemática.

“Alice: Quanto tempo dura o eterno?
Coelho: As vezes apenas um segundo.
(Alice no País das Maravilhas)

Mas a vocação do moço estava no mundo das artes, ele contou a história de Alice pela primeira vez para as três filhas do Deão da Christ Church em 1862.

“Podes dizer-me, por favor, que caminho devo seguir para sair daqui?
Isso depende muito de para onde queres ir – respondeu o gato.
Preocupa-me pouco aonde ir – disse Alice.
Nesse caso, pouco importa o caminho que sigas – replicou o gato.”

Lewis Carroll

E hoje muitos bibliotecários disseminam o clássico, sem saber que foi o grande autor já foi também um dos nossos 😉
Clássico que é Clássico tem várias leituras e versões… é a boa história que é contada de várias maneiras, prato cheio para os bibliotecários cuja parte da missão é propagar o legado cultural da humanidade à TODOS!
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Fonte / Links

A Dama de Ferro (The Iron Lady)

6 Mar

Esse post é sobre o Filme “A Dama de Ferro“, que me impressionou e surpreendeu muito.

Inicialmente o escolhi por ser com a Meryl Streep e porque ele ficou em evidência por ter levados dois Oscars em 2012, Melhor Atriz e Melhor Maquiagem.

O trabalho da atriz e a maquiagem que a ajudou a compor a personagem foram essenciais, mas o que mais me chamou a atenção e me fez escrever sobre o filme aqui no blog, foi sobre a força e determinação de Margareth Tatcher

Eu já tinha ouvido falar dela nas aulas de História, mas a emoção que veio junto com o filme foi tocante, recomendo fortemente.

A força de buscar o que queremos e ir atrás dos sonhos depende somente de nós mesmos. Depende de acreditar, de se preparar, fazer escolhas, fazer renúncias e seguir firme, independente do que aconteça.

O que é necessário para ir atrás de um sonho está dentro de nós, essa é a grande lição.

Anotei dois diálogos que me tocaram profundamente.

Quando ela foi pedida em casamento:

“Eu nunca vou ser uma dessas mulheres que ficam caladas e bonitas ao lado de seus maridos.
Ou distantes e sozinhas na cozinha lavando a louça.
A vida tem de ser importante.
Além da cozinha, da limpeza e dos filhos.
A vida deve significar mais do que isso.
Não posso morrer lavando uma xícara de chá.”

Quando ela já bem velhinha foi perguntada pelo médico como estava se sentindo, ela disse que as pessoas e o governo se preocupam muito com os sentimentos, quando deveriam preocupar-se com os pensamentos. Ela não queria dizer como estava se sentindo, mas o que estava pensando:

“Cuidado com seus pensamentos pois eles se tornam palavras
Cuidado com suas palavras pois elas se tornam ações
Cuidado com suas ações pois elas se tornam hábitos
Cuidado com seus hábitos pois eles se tornam seu caráter
E cuidado com seu caráter pois ele se torna o seu destino
O que nós pensamos, nós nos tornamos”

O trailer:

 

Também assistiu o filme? Gostou?

Comenta aí! 😉